13/08/2019

Em tempos de crise, gestão estratégica do negócio é o caminho para o produtor rural

“Tão importante quanto o que produzir, é conceber uma estratégia para a produção. Planejar a execução e as quantidades, além de saber como comercializar são igualmente fundamentais para alcançar a rentabilidade”. A afirmação é do Mestre em Economia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, que esteve à frente das palestras sobre ‘Análise da economia local: abrangência e variações’, que fizeram parte dos eventos de apresentação do Plano Safra 2019/2020, promovidos pela Sicredi Pioneira RS, voltados ao segmento de Agronegócio em Nova Petrópolis e Caxias do Sul, na última semana.

As palestras foram produzidas a partir de estudo encomendado pela cooperativa de crédito, que oportunizou um levantamento relativo às principais culturas agrícolas nas espécies de frutas, verduras e legumes. Ao final de três meses, 60 culturas foram identificadas na região, sendo selecionadas as mais relevantes com sua correspondente análise de mercado. O ineditismo do trabalho permitiu a concentração de informações para o produtor rural compreender - e visualizar - um planejamento adequado sobre determinado cultivo; se deve acelerar ou frear o processo de execução; optar, ou não, por outro item; como será organizada sua comercialização e avaliar os comparativos de preços. Baseados nesses dados, o agricultor terá condições de escolher linhas de crédito mais assertivas para sua necessidade.

A informação e a gestão do negócio, portanto, tornaram-se aliadas eficazes para fazer do agronegócio uma fonte de geração de renda no campo e melhor produtividade. “A demanda depende do ambiente econômico. Estamos vivendo a depressão mais grave da história do Brasil. Nos últimos quatro anos, houve redução de 25% na tomada de empréstimos para o segmento, isto quer dizer que um em cada quatro agricultores deixaram de investir. No mesmo período, tivemos um decréscimo de cerca de 33% no valores disponibilizados para o crédito”, aponta Antônio da Luz. Os impactos da crise que atingiram o mercado financeiro parecem ter surtido efeito contrário para o Sistema Sicredi, que manteve a oferta e interesse pelos financiamentos. “A tomada de empréstimos propicia aquisição de insumos e fertilizantes, investimento em maquinários e tecnologias, viabilizar recursos necessários à comercialização. É um ciclo que movimenta e fortalece o setor, bem como a região a que pertence”, considera Antônio da Luz.

Esse interesse foi reforçado em ambos os eventos de apresentação do Plano Safra, quando o economista foi procurado para esclarecimento de dúvidas, troca de opiniões e compartilhamento de ideias. Para o doutorando em economia do desenvolvimento, a receptividade dos produtores associados da Sicredi reflete a atenção ao momento atual que, apesar do estudo ter revelado preços de produtos melhores em relação a 2018; a oferta diminuiu, também condicionada às questões climáticas. “Se temos bons preços, porém constatamos uma oferta menor, quer dizer que não é hora de acelerar, mas sim de termos cautela. Investir certo significa agir com eficiência, fazer mais com menos. Não é o momento de aumentar a produção”, argumentou Antônio da Luz, ao insistir na importância de atentar para a gestão do negócio. É ela que vai diferenciar o sucesso do fracasso de um empreendimento, seja qual for a sua origem.

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